Breve visita a um velho problema, por João L. Cordovil (CFCUL)
Embora seja fácil a identificação de alguns casos exemplares de Ciência, Pseudociência e não-Ciência, a demarcação entre estas não é tão simples como pode aparentar ser. Falarei muito breve e panoramicamente nas principais teses e dificuldades deste problema clássico da Filosofia da Ciência, assinalando algumas razões pelas quais, a meu ver, causará também tantas dores de cabeça aos divulgadores de Ciência. De forma auxiliar alargarei o espectro de distinções analisando, brevemente, as diferenças e semelhanças entre Má Ciência, Fraude Científica e Pseudociência. Em contraposição a estas duas últimas, terminarei por tentar chamar a atenção para alguns aspectos da actividade científica, como, por exemplo, o seu carácter colectivo, crítico e colaborativo.
Como aliviar a dor de cabeça: o cepticismo científico e a pseudociência, por Diana Barbosa (COMCEPT, Comunidade Céptica Portuguesa)
Como aliviar a dor de cabeça: o cepticismo científico e a pseudociência”Dar uma definição para “pseudociência” parece simples — a pseudociência é algo que parece ciência, mas não o é —, verdade? Na realidade, distinguir ciência de pseudociência pode ser uma tarefa bem mais complexa. Por exemplo, é a homeopatia uma pseudociência? Hoje, sim, claramente; mas no passado fez parte do corpus do conhecimento médico. Nesta intervenção tentarei deslindar um pouco este novelo, com algumas estratégias para nos ajudarem a separar o trigo do joio, que é como quem diz, a ciência da pseudociência — e da má ciência, que também a há. Argumentarei que as ferramentas do cepticismo científico são extremamente úteis para nos ajudarem, tanto no nosso quotidiano como cientistas, mas também como cidadãos informados e activos.