No dia 29 de Março pelas 18h30, no Pequeno Auditório da Cultugest, decorre o debate “Hacking the mask”, com a partecipação de Alexander Gerner, Charles Fréger, Dieter Mersch e Marco Martins. A sessão é curada por Alexander Gerner (CFCUL/GI3).
A partir da nova criação de Marco Martins, este debate hackeia as múltiplas dramaturgias das máscaras. Como médium e palco por excelência da figuração do Outro, as máscaras mostram, escondem e performam profundas tecnologias humanas do jogo. Rosto e máscara diferem e ressoam entre si. Desde as crenças sobrenaturais, as máscaras lidam com o que fascina e é temido, transformando quem as usa em híbridos para além das dicotomias cultura/natureza, animal/humano e verdadeiro/dissimulado. Nesta era digital impulsionada pelo poder dos algoritmos, somos confrontados com avatares, oráculos de Big Data e Deep Fakes que perturbam as nossas crenças. Durante a pandemia do coronavírus, uma multidão parcialmente vestida com máscaras selvagens e roupas rituais invadiu a colina do Capitólio dos Estados Unidos. Devemos temer as configurações contemporâneas de homens selvagens e as reconstituições tribais de máscaras selvagens? Como é que os artistas colocam as máscaras em palco hoje? As máscaras podem desviar, recriar, suspender ou até dissolver a nossa noção de realidade?