Num sentido de criatividade homem-máquina em estética algorítmica, que inclui abdução e raciocínio diagramático (Peirce), o algoritmo da IA Spawn é usado como um novo parceiro de conjunto de sons e vozes treinadas e alteradas por Holly Herndon. O seu álbum PROTO vai além das limitações da personificação baseada na voz, a fim de criar música com a sua voz que ultrapasse as limitações físicas do seu corpo para encontrar um “novo som e uma nova estética”. No método da IA personalizada, em vez de um estilo representativo de “mímica sem permissão adaptada para dar às pessoas o que elas gostam” em imitação repetitiva (por exemplo, de tom, timbre, ritmo) de estilos de composição como o de Bach. Herndon define Spawn como uma “hiper versão” de si própria que pode “cantar sem fim dentro de um determinado intervalo sem ter de respirar no meio” e afasta uma criatividade artificial forte: “Nós somos IA!” Contudo, ela refere problemas éticos mais profundos de autoria de vozes de criadores mortos a serem ressuscitados na música por algoritmos da IA como necrofilia artística.
A abordagem de Herndon será comparada com os métodos utilizados no Álbum “Chain Tripping” de Claire Evans e a sua banda de indie-rock Yacht. Aqui, o algoritmo “Dr. Luke” foi utilizado para composição humana subtractiva posterior a fim de quebrar criativamente com os hábitos corporais como gestos de tocar.
Estes exemplos fazem-nos reconsiderar a criatividade artificial para além do trabalho de Boden e da sua leitura de Sautoy (2019). Esta mudança da criatividade automatizada para a criatividade humana assistida por IA realça um papel mais profundo do corpo humano, voz e da perceção dos sentidos do humano nas relações humano-AI.
Comunicação Nacional
Composição e criatividade auxiliadas por IA em “PROTO” (Holly Herndon) e “Chain Tripping” (Yacht)
Organização:
Universidade Lusófona, Projecto FCT "Aural Experience, Territory, and Community"
Universidade Lusófona, Lisboa
23 / 06 / 2021
Resumo: